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António Lemos
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Neste vídeo Carvalho da Silva apela á participação na manifestação organizada pela CGTP no próximo 1º de Maio. Considero importante ouvir o seu discurso e escutar a sua mensagem.
António Lemos
Em 25 de Abril de 1974 ás 8h eu e o meu amigo Guedes chegávamos ao Terreiro do Paço, a partir dessa hora assistimos a todos os desenvolvimentos, correndo de um lado para o outro sofregamente, querendo presenciar tudo o que se estava a passar. Nunca esquecerei aquela figura impar do CAPITÃO SALGUEIRO MAIA de arma ao tiracolo dando ordens de um lado para o outro, de braços abertos em frente dos tanques de guerra na Rua do Arsenal, ou ainda de megafone na mão em frente do quartel da GNR no Largo do Carmo.
Estive no Terreiro do Paço, na Rua do Arsenal, na Ribeira das Naus, no Largo do Carmo, e na rua, António Maria Cardoso, onde se encontrava a cede da PIDE/DGS e onde se registarão os únicos mortos e feridos da nossa REVOLUÇÃO no dia 25 DE ABRIL. A PIDE abriu fogo por duas vezes matando 5 pessoas e fazendo 45 feridos. EU ESTAVA LÁ! Quando fugia dos tiros ao virar de uma esquina tropecei num soldado que se encontrava deitado no chão de arma na mão, perguntou-me se eu estava ferido, respondi que não e ele disse “estes filhos da puta querem estragar tudo”. Eu não me esqueci EU ESTAVA LÁ!
NÃO APGUEM A MEMORIA! 25 De ABRIL SEMPRE!
Antonio Lemos
«O Resgate Desnecessário de Portugal», Robert Fishman, sociólogo norte-americano.
Portugal foi vítima da «pressão injusta e arbitrária» dos mercados financeiros internacionais, que ameaça Espanha, Itália e Bélgica e outras democracias em todo o mundo, defende o sociólogo norte-americano Robert Fishman. Em artigo no New York Times de hoje, intitulado «O Resgate Desnecessário de Portugal», Fishman diz que o pedido de ajuda português, depois do irlandês e do grego, «deve ser um aviso a democracias em todo o lado», porque «não é realmente sobre dívida».
«Portugal teve um forte desempenho económico nos anos 1990 e estava a gerir a sua recuperação da recessão global melhor que vários outros países na Europa, mas foi sujeito a uma pressão injusta e arbitrária dos negociadores de obrigações, especuladores e agências de rating », afirma o professor de sociologia da Universidade de Notre-Dame.
Estes agentes dos mercados financeiros conseguiram, por «razões míopes ou ideológicas» levar à demissão de um Governo democraticamente eleito e potencialmente «atar as mãos do que se lhe segue», adianta Fishman, autor de um livro sobre o euro. «Se forem deixadas desreguladas, estas forças de mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos governos democráticos - talvez mesmo dos Estados Unidos - para fazer as suas próprias escolhas sobre impostos e gastos», sublinha Fishman.
O sociólogo estabelece semelhanças entre Portugal e a Grécia e Irlanda, mas ressalva que enquanto estes dois países apresentavam «problemas económicos claros e identificáveis», Portugal «não tinha subjacente uma crise genuína» e foi sim «sujeito a ondas sucessivas de ataques por negociadores de obrigações».
O contágio no mercado e os downgrades de ratings tornaram-se numa «profecia que se realiza a ela mesma», uma vez que as agências «forçaram o país a pedir ajuda elevando os seus custos de financiamento para níveis insustentáveis».
«Distorcendo as percepções de mercado da estabilidade de Portugal, as agências de rating - cujo papel de favorecimento da crise do subprime nos Estados Unidos foi amplamente documentado - minaram quer a sua recuperação económica, quer a liberdade política».
Agora, Portugal enfrenta políticas de austeridade impopulares, que vão afectar empréstimos a estudantes, pensões de reforma, alívio da pobreza e salários da função pública.
Fishman sugere que as descidas de rating e pressão sobre a economia resultaram ou de «cepticismo ideológico em relação ao modelo de economia mista em Portugal», ou de «falta de perspectiva histórica» relativamente a um país onde o nível de vida subiu rapidamente nos últimos 25 anos, tal como a produtividade, enquanto o desemprego desceu. Embora o optimismo dos anos 1990 tenha resultado em «desequilíbrios económicos resultado de gastos excessivos», Fishman defende o desempenho recente do país pós, e mesmo que a queda do governo é «política normal» e «não incompetência, como alguns críticos de Portugal têm retratado».
O sociólogo levanta também a questão de o BCE não ter comprado obrigações portuguesas de forma «agressiva» para afastar a última onda de «pânico» nos mercados, e a necessidade de regular as agências de rating na Europa e Estados Unidos.
«A revolução portuguesa de 1974 inaugurou uma onda de democratização que varreu o globo. É bem possível que 2011 marque o início duma onda de usurpação da democracia por mercados desregulados, com a Itália, Espanha e Bélgica como próximas vítimas potenciais», afirma, Robert M. Fishman
Ao ler este artigo não podia deixar de o colocar neste blogue, espero que sirva para a aqueles que o lerem, reflectirem no alerta que transmite, e tenham em conta que quem o escreveu não é nenhum extremista de esquerda. António Lemos
Robert M. Fishman, é professor de Sociologia e membro da Kellogg e Institutos Nanovic na Universidade de Notre Dame, é um comparativista que trabalha na democracia e na prática democrática, política e cultura, e as consequências da desigualdade. Antes de vir para a Universidade de Notre Dame, Fishman foi professor adjunto de Governo e de Estudos Sociais da Universidade de Harvard, foi também professor visitante do Centro de Estudos Avançados em Ciências Sociais do Instituto Juan March (Madrid) e da Universitat Pompeu Fabra (Barcelona).
Fishman doutorou-se em Sociologia pela Universidade de Yale e é membro da American Sociological Association e da American Political Science Association. Robert M. Fishman está actualmente a escrever um livro analisando as diferenças na prática democrática e de resultados sociais entre "terceira onda" pioneiros Portugal e Espanha, a Península Ibérica vizinhos que, por caminhos quase opostos polares da mudança, iniciada em todo o mundo do século XX a expansão tardia do regime democrático.
Esse trabalho leva a justaposição entre as várias semelhanças históricas e estruturais dessas sociedades vizinhas e suas divergências importantes após o retorno à democracia na década de 1970 como base para representar uma série de grandes questões teóricas sobre o funcionamento da democracia e da dinâmica que determina quão bem os sistemas representativos aproximar o objectivo democrático de plena igualdade política entre os cidadãos.
Os livros publicados de Fishman incluem o Vozes da Democracia , vencedor em 2005, de Menção Honrosa para o Melhor Livro em Sociologia Política, O Ano do Euro (com Anthony Messina), O Retorno à Democracia em Espanha, Vozes Democracia e Organização da Classe Trabalhadora, também foram publicados em espanhol. Foram publicados muitos artigos de Fishman, numa selecção desses artigos inclui, análises teóricas sobre a diferenciação entre estados e regimes de democratização criticando o conceito de capital social, bem como o trabalho metodológico sobre a abordagem weberiana à ciência social na lógica para estudar os movimentos trabalhistas a partir da perspectiva dos líderes locais de trabalho, Fishman também publicou trabalhos sobre a integração europeia e sobre os determinantes sociológicos das vocações sacerdotais, assim como outros temas.
E-mail: rfishman@nd.edu
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