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REPRODUÇÃO SEXUAL. JACQUES COUSTEAU A ODISSEIA SUBMARINA
REPRODUÇÃO SEXUAL.Durante as primeiras etapas do desenvolvimento da vida sobre a terra, surgiu um método de reprodução que, de certo modo, era melhor que o simples método assexual. Era uma forma de partilhar a informação genética com o fim de difundir numa população mais numerosa as características que pudessem ser valiosas e obter novas combinações genéticas. Na reprodução sexual combinam-se células haplóides procedentes de dois indivíduos diferentes e formam um novo núcleo, distinto de todos os anteriores. Existem muitas criaturas que, quer seja porque se comunicam fisicamente ou através de instintos que não chegamos a perceber totalmente, se reúnem num mesmo momento e lugar para expulsar simultaneamente os seus produtos sexuais. Algumas espécies são hermafroditas, isto é, o mesmo animal produz ovos e esperma. Embora normalmente se reproduzam por fecundação cruzada, muitas vezes não acontece assim. O mar aberto com as suas imprevisíveis mudanças decorrentes e a ameaça constante dos predadores famintos, transforma o desenvolvimento de um ovo numa tarefa muito mais arriscada do que seria se os ovos tivessem dentro do corpo da mãe e o esperma chega-se até eles. Muitas criaturas mais avançadas levam a cabo uma fecundação interna, caso em que há mais probabilidades de que o ovo se junte com o esperma, alem de que o embrião fica mais bem protegido; mas as fêmeas da maior parte das espécies marinhas não estão equipadas para receber o esperma e fecundar os seus ovos internamente.****
A FECUNDAÇÂO**** A fecundação é o momento crítico da reprodução sexual. O esperma do macho provido geralmente de uma cabeça que contem o material genético e de uma cauda que lhe proporciona mobilidade, penetra no ovo; ai se combina o material genético e se forma o ovo fecundado, o zigoto.
A maioria das espécies marinhas lançam simplesmente os seus ovos e o seu esperma no oceano, confiando em que a proximidade e o acaso os reúnam. Mesmo algumas espécies tem bolças dentro das quais se desenvolvem os ovos, como por exemplo o cavalo-marinho e o peixe-agulha, tem que os fecundar externamente. São poucas as excepções. Os mamíferos, alguns animais inferiores como a escorpena, o caranguejo, o camarão, o polvo, o tubarão e algumas raias, a serpente do mar e o peixe mosquito, podem introduzir directamente o esperma no corpo da fêmea.
Quais são os ritmos biológicos ou as chaves subtis do meio que permitem que milhões de peixes produzam esperma e ovos com o grau de desenvolvimento adequado, e que os expulsem ao mesmo tempo? Ainda não penetramos em todos os mistérios do instinto. O que sabemos é que os peixes fazem bem os seus cálculos e conhecem o momento exacto. Alguma vez os animais comunicam entre si visualmente, outras através de sons, e em algumas ocasiões lançam para a água substancias que indicam aos membros do sexo oposto que é o momento de realizar o acto da procriação. Jacques Cousteau. ****Desenvolver a vida, preservar a espécie, sobreviver é a luta constante de todos os ser vivos que vivem no mar, A VIDA COMEÇOU NO MAR, SEM MAR NÃO HÁ VIDA. António Lemos.