O resultado das eleições intercalares nos EUA no dia 7 de Novembro de 2006, representa um expressivo descontentamento do povo norte-americano relativamente à política militarista da administração Bush no Iraque e no Médio Oriente. Apesar da derrota do Partido Republicano e de George W. Bush, a politica internacional, mais propriamente no que toca ao Iraque e ao Médio Oriente, pode não vir a ser significativamente alterada. Não podemos esquecer que, aquando da invasão do Iraque, os democratas estiveram de acordo, razão pela qual também o Partido Democrata não está isento de culpas na desastrosa politica imperialista da administração Bush que provocou o sofrimento de um número incontável de pessoas inocentes na Palestina, no Líbano, em Israel, no Afeganistão e no Iraque.
No Iraque, os Estados Unidos demonstram-se incapazes de resolver o grave problema que criaram com a invasão militar, baseada numa enorme quantidade de mentiras e omissões, que a administração Bush tentou fazer querer ao mundo serem a mais pura das verdades. Não posso deixar de lembrar que o governo português, liderado nessa altura pelo actual presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apoiou sem reservas a invasão.
No Afeganistão, a NATO vê-se impotente para controlar os Talibans bem como todas a facções tribais. A corrupção ao nível governamental e em todas as estruturas do pseudo governo democrático criado pela administração Bush com o propósito do combate ao terrorismo é incontrolável.
É certo que o governo fundamentalista e desumano dos Talibans, oprimia e maltratava o povo afegão, mas também é verdade que, tal como no Iraque foram os Estados Unidos que durante anos sustentaram o regime déspota de Saddam, também no Afeganistão a propósito do combate ao comunismo ajudaram os Talibans a tomar o pode. Infelizmente para o povo americano o tiro saiu pela culatra e agora são os filhos da América que morrem aos milhares no Iraque e no Afeganistão.
Na Palestina a administração Bush faz vista grossa e ouvidos moucos aos massacres e à brutal ocupação por parte de Israel. Morrem palestinianos e israelitas, jovens de ambos os lados, e o mundo sabe que os EUA podem contribuir de modo decisivo para o fim daquele conflito.
A recente invasão do Líbano por parte de Israel com a total cobertura dos EUA é demonstrativa da política errada que a administração Bush tem para toda aquela região. Sem a cobertura do governo americano os israelitas não teriam invadido um país soberano, destruindo vastas áreas habitacionais, bem como escolas, hospitais, fábricas e zonas comerciais desalojando e matando centenas de civis. Contrariamente ao que pretendiam os israelitas – “combater grupos terroristas”, acabaram por dar a possibilidade desses ditos grupos terroristas brilharem ao disponibilizarem dinheiro para ajudar as populações a reconstruir as suas habitações.
Muito mais teria para dizer sobre as erradas politicas internacionais da administração Bush, resta-me desejar que a vitória do partido Democrático na Câmara dos Representantes e no Senado traga algo de novo à politica internacional, algo que aponte para o caminho da paz no Médio Oriente, no Iraque, no Afeganistão, que ajude a terminar com conflitos e crises como a do Darfur, que combata o terrorismo não com bombas mas com mais democracia, mais cidadania, mais liberdade, mais direitos humanos e sociais, e que combata a fome em todo o Mundo.
“SONHAR NÃO È PROIBIDO” ***António Lemos.
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