RESISTIR É O CAMINHO!
Um ditador/comissário, nomeado pele União Europeia poderá ocupar Portugal obrigando a transferir a soberania nacional para a União Europeia, em matéria de orçamento, durante o tempo que se considerar necessário.
O ditador/comissário, terá largas competências sobre a despesa pública e um direito de veto contra decisões orçamentais que não estejam em linha com os objectivos orçamentais e a regra de dar total prioridade ao serviço da dívida.
Portugal será desta forma ocupado pela primeira vez desde 1640 por uma potência estrangeira. António Lemos
Governo alemão confirma: Berlim quer ocupar Atenas e talvez Lisboa
Por Ana Sá Lopes, publicado em 30 Jan 2012 - 03:10 | Actualizado há 11 horas 22 minutos
O número dois do governo alemão defendeu ontem que se os gregos não cumprirem os objectivos, então terá de ser imposta de fora uma liderança, a partir da União Europeia. Na véspera da cimeira europeia, Philipp Roesler tornou-se no primeiro membro do governo alemão a assumir a paternidade da ideia segundo a qual a troco de um segundo programa da troika, um comissário europeu do orçamento seria investido de funções governativas em Atenas, retirando ao governo legítimo funções essenciais.
Numa entrevista ao jornal “Bild”, o número dois de Merkel afirma: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.
O governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica--se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e zona euro em particular”.
O documento que defende a ocupação de Atenas foi divulgado pelo “Financial Times”. Está lá escrito que para ter acesso ao segundo programa de resgate, a Grécia terá de ser obrigada “a transferir a soberania nacional para a União Europeia, em matéria de orçamento, durante algum tempo”. O texto sugere que “um novo comissário do orçamento nomeado pelo eurogrupo ajudará a implementar reformas”. “O comissário terá largas competências sobre a despesa pública e um direito de veto contra decisões orçamentais que não estejam em linha com os objectivos orçamentais e a regra de dar total prioridade ao serviço da dívida”.
Segundo a Reuters, esta tentativa alemã de governar Atenas pode ser estendida a outros países, como Portugal. Uma fonte do governo alemão disse à agência que esta proposta não se destina apenas à Grécia, mas a outros países da zona euro em dificuldades que recebem ajuda financeira e não são capazes de atingir os objectivos que acordaram.
A verdade é que Angela Merkel chega hoje à cimeira em Bruxelas com uma crescente pressão interna para não continuar a emprestar à Grécia o dinheiro dos contribuintes alemães. A proposta para ocupar Atenas é vista como uma resposta à cada vez maior resistência dentro do seu partido ao financiamento da crise do euro. “Se os gregos não avançarem com o programa de reformas, não pode haver mais ajuda”, disse Horst Seehofer, o líder bávaro da CSU, parceiro da CDU de Merkel.
Ontem, o deputado europeu Paulo Rangel admitiu que em Portugal todos os riscos são possíveis. “Quando vemos os sinais de alarme crescerem, o que eles documentam não é tanto a ideia de que Portugal pode entrar em bancarrota, é mais profundo do que isso. Se não houver uma solução sistémica para a zona euro, os países mais vulneráveis, entre os quais Portugal, vão sofrer e pode-se gerar uma situação de descontrolo”, disse. Rangel reagiu violentamente à “ideia de propôr a nomeação de um comissário para tratar das matérias orçamentais da Grécia”. “Seria o princípio do fim, e insustentável para a democracia europeia, a nomeação de um governador para um território do império, como fez Napoleão”, disse. Rangel defendeu o avanço para o federalismo: “Precisamos de caminhar para uma federação que trate os Estados em paridade, porque o que temos hoje é uma constituição aristocrática, de uns países com mais peso do que outros”.
Com Lusa
Fonte: http://www.ionline.pt/dinheiro/governo-alemao-confirma-berlim-quer-ocupar-atenas-talvez-lisboa
“Sr. Presidente, “água mole em pedra dura tanto dá até que fura!” II
Publiquei no blogue Mar Revolto, em 23 de Novembro de 2006, um artigo intitulado, “Sr. Presidente, água mole em pedra dura tanto dá até que fura!”, no qual alertei para a forma como o então recente eleito Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, se posicionava face á contestação de vários sectores da sociedade portuguesa que contestavam as politicas do governo PS de José Sócrates e a forma pronta como vinha a público afirmar que “o ruído a mais, prejudicava a governação”, completamente alinhado pelas politicas neoliberais do então primeiro-ministro José Sócrates, fazendo ouvidos moucos á crescente contestação que agitava a sociedade portuguesa. Obviamente, não poderia ser de outra maneira, sendo Cavaco Silva um neoliberal convicto.
Assistimos, hoje, na actual crise económica e financeira que Portugal atravessa, á clarificação do real posicionamento do Sr. Presidente face aos problemas económicos e sociaisem que Portugalmergulhou. O Sr. Presidente preferiu alinhar pelas politicas de recessão económica de desemprego e de empobrecimento do povo português, implementadas pelo governo PSD/CDS de Paulo Portas e Passos Coelho em conluio com a famigerada Troika, CE, BCE, FMI que mais não são do que a ponta de lança do grande capital internacional que aos poucos vai comprando Portugal e o que resta do seu tecido produtivo a preços de saldo, com a consequente perda de soberania nacional.
O Sr. Presidente da república quando á dias afirmou perante as câmaras de televisão para todo o pais ouvir que o rendimento mensal que auferia de 12 900.00€ não lhe chegava para viver, não cometeu nenhuma gafe.
O Sr. Presidente disse o que pensava. É precisamente assim que pensa um neoliberal, defensor do livre funcionamento dos mercados e dos interesses do grande capital económico e financeiro. É assim que pensa o Sr. Presidente da República, sem qualquer preocupação social, sem qualquer preocupação com os que pouco ou nada têm.
Ao fazer semelhante afirmação, o Sr. Presidente ofendeu milhões de portugueses que vivem com pouco mais que o ordenado mínimo nacional ou com pensões de miséria de 200 ou 300 Euros mensais. O Sr. Presidente revelou desconhecer por completo a realidade do país, as dificuldades de um povo que, precisamente por causa das suas políticas enquanto Primeiro-Ministro, viu desaparecer o tecido produtivo nacional, sendo desbaratado e vendido a preços de saldo. Recorde-se, por exemplo, que foram as políticas do Primeiro-Ministro Cavaco Silva que levaram ao abate da frota pesqueira nacional e ao desmantelamento das indústrias pesadas.
Agora, mais uma vez, o Sr. Presidente da República ofende os portugueses quando se afirma como o “provedor do povo”. Mas qual provedor? Aquele que cauciona as políticas recessivas que destroem o emprego e as micro, pequenas e médias empresas, ou aquele que decide sempre a favor do grande capital em detrimento do povo que sofre na pele os brutais aumentos dos impostos, dos transportes, dos combustíveis, da energia, os aumento nos bens de consumo de primeira necessidade, os escandalosos aumentos das taxas moderadoras que impedem o acesso á saúde de muitos portugueses, os aumentos das propinas dificultando o acesso dos mais pobres á educação, ou será aquele “provedor do povo” que permitiu o escandaloso negócio da TDT, remetendo-se ao silêncio enquanto todos os dias retiram a milhares de pessoas, sobretudo idosos, a possibilidade de verem televisão – muitas vezes a sua única companhia.
Senhor Presidente, tal como afirmei quando foi eleito pela primeira vez, o senhor não serve para Presidente de todos os portugueses, o senhor deve demitir-se e poupar os portugueses a mais ofensas. A maioria da sociedade portuguesa, homens e mulheres dos vários quadrantes socioeconómicos, operários, agricultores, micro, pequenos e médios empresários, funcionários públicos, policias e militares, estão ofendidos com as suas declarações, com as suas posições políticas e com as políticas do Governo que apoia. Em cada português cresce a revolta e a vontade de lutar por uma sociedade mais justa, mais democrática, mais livre.
Diz o ditado popular, “água mole em pedra dura tanto dá até que fura”. SR. PRESIDENTE, O POVO ESTÁ EM LUTA E O SENHOR ESTÁ A MAIS!
António Lemos
A CGTP-IN repudia as declarações injuriosas e difamatórias, hoje proferidas pelo Secretário-geral da UGT – João Proença – à Antena 1, afirmando que tinha sido “incentivado por altos dirigentes da CGTP-IN a negociar e assinar o acordo, uma vez que a Intersindical não o podia fazer”. Perante a gravidade de tais declarações a CGTP-IN decidiu já adoptar as medidas conducentes à apresentação de uma participação criminal contra o autor de tais declarações.
Comunicado de Imprensa n.º 008/11
CGTP-IN REPUDIA AS DECLARAÇÕES INJURIOSAS E DIFAMATÓRIAS DO SECRETÁRIO-GERAL DA UGT
A CGTP-IN repudia as declarações injuriosas e difamatórias, hoje proferidas pelo Secretário Geral da UGT – João Proença – à Antena 1, afirmando que tinha sido “incentivado por altos dirigentes da CGTP-IN a negociar e assinar o acordo, uma vez que a Intersindical não o podia fazer”.
Tais declarações, para além de falsas, demonstram que perante o repúdio generalizado da opinião pública, o Secretário-Geral da UGT não olha a meios para tentar justificar um vergonhoso acordo de agressão aos trabalhadores.
Este é um “acordo” que visa entregar aos patrões todo o poder para despedir, para alterar os horários a seu belo prazer, generalizar a precariedade, para voltar a colocar o trabalho ao Sábado, reduzir os salários e outras formas de retribuição, destruir a contratação colectiva substituindo-a pela relação individual de trabalho, diminuir ainda mais a protecção social dos desempregados.
Um “acordo” que constitui o maior atentado aos direitos dos trabalhadores que se propõe eliminar feriados e dias de férias, que fragiliza a Segurança Social e provoca um retrocesso social sem precedentes nas relações de trabalho em Portugal, que contribuirá, desgraçadamente, para que o país continue a afundar-se.
Perante a gravidade de tais declarações a CGTP-IN decidiu já adoptar as medidas conducentes à apresentação de uma participação criminal contra o autor de tais declarações.
E tal como a luta dos trabalhadores derrotou a meia hora de aumento do horário de trabalho, será a luta que impedirá a aplicação concreta de muitos dos vergonhosos conteúdos de tal acordo.
Lisboa, 19.01.2012
DIF/CGTP-IN
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